O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (4) o pedido do tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior, que ficou em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal (PF) em fevereiro, para que fosse realizada uma nova audiência com ele.
Conforme publicado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, depois de ficar em silêncio na primeira oitiva, a defesa do tenente-coronel mudou sua estratégia e passou a solicitar uma nova audiência para que ele pudesse colaborar com as investigações da Operação Tempus Veritatis.
A primeira solicitação foi feita à PF em 13 de março, porém, a polícia respondeu que não havia “previsão para realização de audiência”. Diante disso, a defesa do militar insistiu no agendamento e sugeriu a data de 24 de maio, mas não obteve resposta.
Na petição enviada a Moraes, os advogados de Araújo Júnior pediram que o ministro ordenasse à PF uma nova oitiva, na qual o tenente-coronel responderia às perguntas dos investigadores.
Além disso, a defesa afirmou que o militar pretendia esclarecer “suas conversas e seu relacionamento com o tenente-coronel Mauro Cid e os demais investigados, de forma clara e objetiva”.
Entretanto, Moraes rejeitou o pedido. “A condução das investigações está sendo realizada pela digna autoridade policial e nada impede que, entendendo necessário, agende novo depoimento no curso das investigações. A análise da necessidade desse depoimento, portanto, deve ser definida pela Polícia Federal e não pelo investigado. Desse modo, indefiro o pedido”, escreveu o ministro em sua decisão.