Moraes enquadra PGR e manda seguir investigação contra Bolsonaro

Atualizado em 14 de dezembro de 2021 às 19:12
Alexandre De Moraes
Ministro do STF mantém inquérito sobre falas falsas de Bolsonaro em live

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu no dia de hoje trancar a ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) que fazia objeções ao inquérito sobre a live transmitida em redes sociais em que o presidente Jair Bolsonaro associou a vacina contra o coronavírus à Aids, sem base científica.

Moraes estabeleceu um prazo de 24 horas para que a PGR encaminhe ao STF e à Polícia Federal a íntegra de tudo que tiver sobre o tema, mesmo que sob sigilo. Ele ressaltou que se o prazo não for cumprido haverá “pena de desobediência à ordem judicial e obstrução de Justiça”.

“Não há que se falar, ainda, que eventual sigilo atribuído à investigação no âmbito próprio do Ministério Público seja obstáculo ao regular cumprimento de decisão judicial, haja vista que existe a possibilidade de envio da investigação a este relator, por dependência a estes autos, com autuação em apartado e sigilosa, com objetivo de preservar eventuais diligências em andamento.”, disse o ministro.

Leia mais:

1- Diferença aumentou, segundo levantamento

2- URGENTE: Fux determina prisão de condenados no caso da boate Kiss

3- Bolsonaro espalha fake news contra Bonner: “Fazer vaquinha”

Objeções do procurador-geral da República e Moraes

As objeções de Augusto Aras, procurador-geral da República, foram feitas ontem (13). Ele pediu que o STF retrocedesse a abertura do inquérito contra o presidente e que Moraes não fosse o relator do inquérito.

No documento, o procurador afirmou que não atuou com “inércia” na investigação contra Bolsonaro e pediu que a PGR tenha a prerrogativa de manter as investigações atuais.

O inquérito foi aberto depois de um pedido da CPI da Pandemia e ordenado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Após a decisão de hoje, Moraes permanece no comando da investigação sobre a declaração de Bolsonaro sem base científica.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link