Sergio Moro já tentou buscar dados contra ministro de Jair Bolsonaro de ação sigilosa da Polícia Federal (PF). Quando ainda era ministro da Justiça, ele causou desconforto em agentes da corporação ao pedir informações sobre Marcelo Álvaro Antônio, então titular do Turismo.
O episódio ocorreu em viagem por Minas Gerais e foi um pedido sem precedentes. Moro pediu detalhes da apuração que atingia o colega, mas recebeu uma resposta negativa dos delegados. À época, o caso foi abafado e contornado por membros da PF, segundo a coluna de Lauro Jardim no Globo.
Moro foi ministro da Justiça e da Segurança Pública por um ano e quatro meses, entre 2019 e 2020. Ele deixou o cargo após Bolsonaro trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. Na ocasião, ele acusou o presidente de interferir na corporação, o que gerou um inquérito que foi concluído nesse ano e não atribuiu crimes a nenhum dos dois.
Marcelo Álvaro Antônio, por sua vez, ficou no cargo por quase dois anos, mesmo acusado de ser o operador do esquema do laranjal do PSL.