Moro diz que Eduardo Guimarães “não é jornalista”. Ele vai determinar quem pode escrever sobre a Lava Jato? Por Kiko Nogueira

Atualizado em 22 de março de 2017 às 14:39

 

Quem conta é o deputado federal Paulo Teixeira, do PT.

Ele participou de uma videoconferência com Sérgio Moro a partir de Brasília como testemunha de Branislav Kontik, assistente de Palocci.

A alturas tantas, perguntou a Moro se ele havia determinado a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.

O juiz confirmou.

Teixeira então falou que Guimarães tinha um blog e exerce o papel de informar seus seguidores.

A resposta absurda: “Mas ele não é jornalista”. Veja aqui:

Paulo Teixeira questiona Moro por condução coercitiva de Eduar…BAIXARAM A CENSURA CONTRA EDUARDO GUIMARÃES

Durante uma audiência, questionei o juiz Sérgio Moro sobre a restrição ao trabalho da imprensa, a censura àqueles que criticam o judiciário e sobre a gravíssima condução coercitiva e tentativa de constranger o blogueiro Eduardo Guimarães e outros.

Publicado por Paulo Teixeira em Terça, 21 de março de 2017

Guimarães é comerciante. A Constituição permite que ele possa exercer função jornalística. Pelos critérios de Moro, sejam eles quais forem, Tostão pode ir em cana.

A censura de que Guimarães está sendo vítima é fruto de uma vendeta.

Moro quer saber quem vazou para ele informações de que Lula seria detido. O nome de Eduardo chegou a ser citado numa das coletivas da Polícia Federal.

A causa verdadeira dessa violência é a intimidação pura e simples não só de Guimarães, mas de todos os que ousarem questionar Moro, seus homens e seus métodos.

Um magistrado de primeira instância determina quais vazamentos valem e quais não valem.

De tabela, decide que jornalista é quem está do seu lado. Os outros podem ser levados para a delegacia às 6h da manhã para dar explicações.