Moro e a lógica dos milicianos: ele acha que estava certo ao agir ilegalmente para desestabilizar governo da Venezuela

Atualizado em 7 de julho de 2019 às 13:10
Sérgio Moro. Foto: AFP

Com duas postagens no Twitter hoje, Sergio Moro mostra que não está à altura do cargo que ocupa nem que ocupou, como juiz federal.

Em um caso, ele dá demonstração de que não tem noção de respeito à lei. Para ele, os fins justificam os meios.

Talvez se ache o Batman. Ou um miliciano, já que, na origem, as ilegalidades dos milicianos eram justificadas pelo argumento de que estavam eliminando criminosos. Na verdade, eles eram também criminosos, mas achavam que não.

O mesmo tem ocorrido com a Lava Jato.

Disse Moro, a respeito da reportagem da Folha de S. Paulo sobre o vazamento que tramou com Deltan Dallagnol, para desestabilizar o regime de Nicolás Maduro:

“Novos crimes cometidos pela Operação Lava Jato segundo a Folha de São Paulo e seu novo parceiro, supostas discussões para tornar públicos crimes de suborno da Odebrecht na Venezuela, país no qual juízes e procuradores são perseguidos e não podem agir com autonomia. É sério isso?”.

Para ele, vale tudo.

Em outra postagem, misturou futebol e política, chamando a final do campeonato de clássico Lava jato/Caso Odebrecht. Também se dá o título de verificador das atuações de outros países em relação a crimes de corrupção:

“Brasil e Peru fazem, na Copa América, o clássico da Lava Jato/Caso Odbrecht. Foram os dois países da AL que mais agiram, em processos criminais, contra a corrupção. Houve intensa cooperação do Brasil com o Peru. Os dois países ganharam. Pena que no futebol só um pode ganhar.”

Moro é muito perigoso.

Os milicianos não foram contidos, e deu no que deu.

Moro precisa ser contido.