Moro é massacrado nas redes por bolsonaristas teleguiados por Olavo de Carvalho. Só falta o Carluxo

Atualizado em 28 de fevereiro de 2019 às 11:41

Sergio Moro está tendo a oportunidade de provar o que é estar no centro de um linchamento virtual das milícias bolsonaristas.

O ministro da Justiça nomeou Ilona Szabó, defensora do controle de armas, fundadora de uma ONG, colunista de jornal, para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.

O cargo é figurativo e Ilana ocupará uma suplência, mas os eleitores de Jair e do projeto olavista de poder a estão espancando há horas — bem como a Sergio Moro.

Desencavaram artigos de Ilona e descobriram que ela detonou o mito, embarcou no “Ele Não”, defendeu a descriminalização das drogas — enfim, tudo o que uma pessoa normal faz.

A pá de cal foi uma foto de 2015 de um convescote em que ela aparece juntamente com FHC e —pausa dramática — GEORGE SOROS.

 

O bilionário Soros é o anticristo para essa multidão de aloprados, de fundamentalistas limítrofes, que pregam que ele financia o comunismo mundial e o “globalismo”.

O ex-juiz de Curitiba está sendo chamado de traidor do bolsonarismo, oportunista, “social democrata” etc etc.

Olavo já o expurgou.

“Se no Brasil existisse uma corrente política de direita e ela chegasse ao governo, tipos como Moro e Mourão não teriam nela a menor chance”, escreveu numa série de postagens contra o ídolo maringaense.

“Peçam ao Sérgio Moro ou ao Hamilton Mourão que expressem as suas respectivas ideologias políticas e verão que eles nunca pensaram no assunto”.

E por aí vai.

O eremita da Virgínia é o flautista de uma Hamelin do hospício.

Daqui a pouco Carluxo será acionado por seu guru e pelo papi para fazer sua varinha operar a magia do mal para cima do marido de Rosângela.

O curioso é que, a julgar pelos latidos da turma, Ilona parece ser o único acerto desse circo.