VÍDEO – Moro garantiu à Globo que não se candidataria à Presidência: ‘Não sou um político que minto’

Atualizado em 11 de novembro de 2021 às 10:38
Sergio Moro na Globo
Sergio Moro em entrevista à Globo, em 2018.
Foto: Reprodução

Em novembro de 2018, logo após aceitar o convite para ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro, o ex-juiz Sergio Moro concedeu uma entrevista à TV Globo.

Perguntado pela jornalista Poliana Abritta se disputaria as eleições presidencias de 2022, ele garantiu: “Não, estou te falando que não vou ser [candidato].”

Moro ainda cometeu um ato falho, que na verdade está mais para um sincericídio. “Eu não sou um político que minto (sic)”, emendou, revelando sem querer sua ambição de se inserir na política.

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Ao perceber o deslize do ex-juiz, a entrevistadora questionou: “Mas o senhor, então, é um político do tipo que não mente?”

Sem graça, ele desafinou e voltou atrás. “Não sou político e não minto”, se corrigiu.

Três anos depois, Moro se filia ao Podemos e se lança pré-candidato à Presidência.

Em um evento em Brasília, ele leu um discurso protocolar e sem novidades. Defendeu a Lava Jato e justificou sua entrada no governo Bolsonaro com o clichê de que se tratava de uma convocação.

 

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Moro é criticado por aliados após discurso em filiação ao Podemos

Sergio Moro realizou um evento para se filiar ao Podemos e discursou para centenas de convidados. O ex-juiz falou sobre combate à corrupção. Explicou o motivo de ter saído do governo Bolsonaro. E prometeu acabar com o “toma lá, da cá”, frase parecida ao que foi usada pelo atual presidente. Só que seus aliados não ficaram satisfeitos com o desempenho do ex-ministro.

Conforme apurou o DCM, após o fim do evento, Moro conversou com pessoas próximas e perguntou do seu desempenho. Em um primeiro momento, foi parabenizado por enfatizar sua plataforma eleitoral. O ex-juiz levantará a bandeira da Lava-Jato, operação que ele próprio descredibilizou.

Também recebeu elogios por tentar se afastar de Bolsonaro. Na opinião do seu grupo político, ele precisa ser uma alternativa ao bolsonarismo. Porém, não pode ficar marcado por ter feito parte do governo atual. O objetivo é conquistar os eleitores de centro-direita que estão arrependidos de terem votado 17 em 2018.

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Davi Nogueira
Davi tem 25 anos, é editor e repórter do DCM, pesquisador do Datafolha e bacharel em sociologia pela FESPSP, além de guitarrista nas horas vagas.