O Roda Viva com Sergio Moro é um caso de programa que se auto desmoralizou antes de ir ao ar.
Mais fácil Moro gravar um depoimento explicando por que ele é maravilhoso que o resultado será o mesmo.
Uma campanha nas redes pediu a presença de alguém da equipe do Intercept, responsável pela Vaza Jato.
Nada feito: a bancada terá apenas amigos, com destaque para o olavista Felipe Moura Brasil, estrela da lavajatista e bolsonarista Jovem Pan.
Dos poucos defensores do RV no pega pra capar da internet, destacou-se o desocupado militante Marcelo Tas, que foi para cima do desafeto Glenn Greenwald.
Acusou o inimigo de ter um “problema de encontrar espaço para estacionar o seu IMENSO ego”.
“O Roda Viva é uma instituição brasileira plenamente reconhecida”, inventou.
(Tas tem um ódio patológico do americano que um dia terá de ser explicado)
“A escolha do entrevistado e dos entrevistadores é feita pela TV Cultura. Não pedimos sugestões nem submetemos a bancada ao entrevistado. Alguns já fizeram sugestões, mas nenhuma foi acatada”’, afirmou Leão Serva, diretor de jornalismo da casa, à coluna de Maurício Stycer no Uol.
Mentira.
Fake news.
Bullshit.
Parolagem.
Em julho do ano passado, Ricardo Lessa, ex-apresentador da atração, narrou como foi censurado com o general Santos Cruz.
E não foi apenas aquela ocasião.
“Já haviam rejeitado dois outros nomes propostos por mim: o ex-ministro Gustavo Bebianno e o diplomata Marcos Troyjo, que havia participado do acordo do Brasil com a União Europeia e tinha reservado o dia 8 de julho para o Roda Viva”, escreveu.
Stycer lembra que, em 1999, Lula não quis Luiz Maklouf Carvalho entre os entrevistadores e assim foi feito.
Marcelo Tas, veja só, levou bola preta de Bolsonaro. Por que finge que esqueceu?
Porque agora apresenta lá o “Provocações” no lugar de Abujmra (pobre Abu).
Um veterano editor contou ao DCM que o jurista Modesto Carvalhosa fez questão de sua presença.
Ele trabalhava, à época, na revista Istoé Dinheiro.
“A produção falou, ao me convidar, que meu nome havia sido indicado pelo Carvalhosa. Foi no primeiro semestre de 2014”, relata.
“Eu não topei participar. Aquilo é o túmulo do jornalismo”.
Algumas coisas não mudam jamais.