Moro repete João Doria, trai padrinho e Álvaro Dias vai aos Trends do Twitter

O senador foi o responsável por filiar o ex-juiz pela primeira vez em um partido e agora eles disputarão o mesmo cargo

Atualizado em 12 de julho de 2022 às 15:57

 

Sérgio moro
Alvaro Dias e Sergio Moro. Imagem: Reprodução.

Nesta terça-feira (12), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro (PL) e ex-juiz, Sergio Moro (União Brasil-PR), anunciou sua pré-candidatura ao Senado pelo Estado do Paraná nas eleições de 2022.

A inserção de Moro nas eleições tem sido agitada. Ele era um dos nomes que supostamente concorreriam à Presidência da República pelo Podemos, mas trocou de partido e anunciou sua desistência na disputa. Em seguida, tentou transferência de domicílio eleitoral para São Paulo, sem especificar que cargo concorreria, mas o pedido foi negado. Agora, o ex-juiz concorrerá no Paraná com seu ex-padrinho político, o senador Álvaro Dias (PODE-PR), responsável por filiá-lo pela primeira vez em um partido.

A nova direção política escolhida pelo ex-ministro de Bolsonaro gerou grande repercussão e foi parar nas Trends do Twitter, com diversos usuários comentando que Dias investiu em Moro, era seu aliado, e agora o ex-juiz está tentando ganhar a vaga que o senador almejava. De certa forma, é um ”replay” do que aconteceu entre Doria e Alckmin em 2018.

”Alvaro Dias colocou tapete vermelho para Moro. Levou para seu partido como candidato a presidente. Investiu, babou. Moro saiu, pois no União Brasil teria mais dinheiro e tempo de TV. Vetaram sua candidatura. Agora, ele anuncia que quer tomar o mandato de Álvaro. Isso resume Moro.”, publicou um dos usuários da rede.

”Pra quem subiu aos holofotes dizendo que não era político, o Moro tá desesperado pra ganhar algum cargo, hein? PS: a candidatura dele é um desafio a Álvaro Dias, que o admira. O juiz de primeira instância é tão ignorante que vai perder o maior aliado”, comentou outro usuário.

”Moro é candidato ao Senado. Alvaro Dias deve estar chorando no banheiro. Anúncio foi feito em evento muito mais barato que aqueles que o Podemos de Alvaro Dias montava para celebrar Moro.”, diz um dos tweets,

Doria X Alckmin

Em 2016, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) foi padrinho da candidatura que levou João Doria (PSDB) a prefeito de São Paulo. Já em 2018, quando ainda estavam no mesmo partido, Alckmin ficou nitidamente irritado com o apoio velado feito por Doria a Bolsonaro nas eleições para a presidência da época, nas quais Alckmin também estava concorrendo.

Na época, o ex-prefeito chegou a insistir em uma reunião do partido que eles deveriam apoiar o atual chefe do Executivo na disputa. Em um áudio que vazou na época, o ex-governador chamou João Doria de “Temerista”, em alusão ao seu apoio ao governo de Michel Temer, e afirmou: “Traidor eu não sou”, fazendo uma referência ao fato de ter sido seu padrinho político na disputa que o levou a vitória no passado.

Em 2017, ambos já haviam tido um atrito quando Doria pensou na ideia de ser o candidato tucano à presidência.

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