Sergio Moro sentiu o golpe.
Após ser chamado de “chefe de quadrilha” pela OAB e de ter a “prisão preventiva” pedida por Ciro Gomes, o ex-juiz de Curitiba parece que finalmente caiu na real.
A interlocutores, segundo o jornal Valor Econômico, disse que se surpreendeu com a repercussão da portaria 666, publicada nesta sexta, 26, no Diário Oficial de União, que trata sobre “impedimento de ingresso [no Brasil], repatriação e deportação sumária de pessoa perigosa”.
Afirmou que o texto não se aplica ao jornalista americano Glenn Greenwald, editor do The Intercept Brasil, que vem revelando uma série de vazamentos comprometedores sobre a Lava Jato.
Não é só a oposição e a OAB que estão surpresos com os desmandos do ministro da Justiça. No STF é notório o incômodo com as informações que vêm à tona todos os dias.
A própria Polícia Federal começa a dar sinais de que vai evitar o ‘abraço de afogados’.
Depois de desdizer Moro com relação ao destino das mensagens apreendidas com hackers, o ministro teve de ouvir do presidente da Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, que deveria “manter um distanciamento maior” do caso, já que é um dos alvos da invasão de celular.
“O ideal seria aguardar a investigação terminar e o sigilo ser levantado pelo juiz da causa, que não é ele”, afirmou Edvandir Paiva.
Sem o aparato da PF, fustigado pela oposição e boa parte da opinião pública, e sem respaldo do STF, Moro dá sinais de que caminha para se tornar um morto-vivo.
Resta saber duas coisas: quando a Globo vai pular fora de vez e a data do enterro.