
Affonso Celso Pastore, economista e ex-presidente do Banco Central do Brasil (BC), morreu nesta quarta-feira (21) em São Paulo, aos 84 anos.
O economista estava internado após uma cirurgia realizada no último sábado, mas infelizmente não resistiu. O enterro está programado para ocorrer no Cemitério do Morumbi, das 13h às 17h, conforme informações do jornal O Globo.
Além de sua atuação como professor e consultor, Pastore ocupou o cargo de secretário da Fazenda de São Paulo entre 1979 e 1983, e presidiu o BC de 1983 a 1985, durante o governo de João Figueiredo, no período da ditadura militar.
Nascido em 19 de junho de 1939 na cidade de São Paulo, filho de Francisco Pastore e Aparecida Pastore, Affonso Celso era casado com a também economista Maria Cristina Pinotti.
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Durante sua gestão no BC, Pastore participou ativamente da negociação da dívida brasileira com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e enfrentou desafios relacionados à alta inflação. Mesmo diante desse cenário, recusou medidas de choque propostas para a regulação da economia, mantendo-se comprometido com os acordos firmados com o fundo.
Sua visão econômica enfatizava o controle inflacionário e a redução do déficit público como elementos essenciais para a estabilidade econômica. Após deixar a presidência do BC, Pastore criticou a política econômica implementada pelo presidente José Sarney, especialmente pela falta de combate ao déficit público.
Posteriormente, fora do governo, o economista atuou como professor na Universidade de São Paulo (USP) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em 2021, retornou à cena política como assessor do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, na época pré-candidato à Presidência pelo Podemos.