Morre Oscar Maroni, dono de bordel que prometeu cerveja de graça se matassem Lula

Atualizado em 31 de dezembro de 2025 às 11:13
O empresário Oscar Maroni, dono do Bahamas. Foto: Reprodução

O empresário Oscar Maroni morreu nesta quarta (31), aos 74 anos, em São Paulo. Dono do Bahamas Club e figura conhecida da noite paulistana, ele sofria de Alzheimer e estava internado em uma casa de repouso na capital. A morte foi confirmada por sua assessoria pessoal e a cerimônia de despedida será restrita a familiares e amigos próximos.

Em nota, a família afirmou que Maroni viveu de forma intensa e manteve fidelidade às próprias convicções e à ideia de liberdade pessoal. “Mais do que um empresário, foi um homem que marcou seu tempo e deixou uma história que jamais será esquecida”, diz o comunicado. Ele deixa quatro filhos: Aritana, Aratã, Acauã e Aruã.

Fundador do Bahamas Club, em Moema, zona sul de São Paulo, tornou-se personagem frequente de controvérsias tanto pela atuação no entretenimento adulto quanto por declarações públicas e posicionamentos políticos.

Um dos episódios mais criticados ocorreu durante a prisão de Lula, em abril de 2018. Na ocasião, imagens que circularam nas redes sociais mostravam uma mulher amordaçada e imobilizada em um palco do estabelecimento, em uma cena associada à comemoração da prisão. Ao lado, banners exibiam imagens da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia e do então juiz federal Sérgio Moro.

As imagens mostravam Maroni vestido de presidiário, segurando uma mulher seminua e tampando sua boca. Segundo informações divulgadas à época, o evento teria incluído distribuição de bebidas e acesso gratuito a mulheres para um público formado apenas por homens.

Oscar Maroni durante festa no Bahamas que comemorou prisão de Lula. Foto: Reprodução

Dois anos antes, em 2016, Maroni havia prometido distribuir cerveja gratuitamente caso Lula fosse preso, afirmando ter milhares de unidades “no gelo”. Em publicações nas redes sociais, disse que pretendia fazer uma festa em homenagem a Cármen Lúcia e Moro, citados por ele como “exemplos de dignidade”.

A causa da morte de Oscar Maroni não foi divulgada. Nos últimos anos, ele já não aparecia em público devido ao avanço do Alzheimer e havia se afastado das atividades comerciais.

No último ano, os filhos ingressaram com um pedido de curatela após o agravamento do quadro de saúde do empresário. A medida transferiu a responsabilidade legal sobre a administração de seu patrimônio, diante da perda de capacidade para gerir os próprios bens.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.