
As explorações de pagers no sul do Líbano nesta terça-feira (17) teria sido uma ação da agência de Inteligência de Israel, a Mossad. Segundo portais árabes, a Mossad plantou explosivos nos compartimentos de bateria dos dispositivos.
O governo libanês e o grupo Hezbollah responsabilizam Israel pelo ataque, que matou nove pessoas e deixou mais de 2,8 mil pessoas feridas.
Um ex-especialista em munições do Exército Britânico afirmou à BBC que os pagers provavelmente continham entre 10 e 20 gramas de explosivos de nível militar, “escondidos dentro de um componente eletrônico falso”. Segundo ele, os dispositivos podem ter sido ativados por um sinal, como uma mensagem de texto alfanumérica, causando as explosões quase simultâneas.

Elijah Magnier, analista militar e político, disse à Al-Jazeera que o Hezbollah depende fortemente desses dispositivos e que os pagers podem ter sido manipulados antes de chegarem às mãos do grupo.
Um membro do Hezbollah afirmou ao Wall Street Journal que os aparelhos que explodiram provavelmente faziam parte de um mesmo carregamento recebido pelo grupo recentemente.
De acordo com a agência Reuters, a onda de explosões durou cerca de uma hora. Em comunicado, o Hezbollah disse que por volta das 15h30 (9h30 em Brasília), um número de “equipamentos de recepção de mensagens conhecidos como pagers explodiram”, acrescentando “que pertenciam a trabalhadores em várias unidades e instituições do grupo”.