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Por Alessandro Fernandes e Davi Nogueira
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) organizaram uma motociata em Caicó, no Rio Grande do Norte. A expectativa era de mais de 15 mil motos, mas menos de mil apareceram na confraternização, um fracasso total. A adesão foi menos de 10% do número planejado.
Na passagem pelo município, Bolsonaro não falou com ninguém, apenas desfilou de moto com os apoiadores. Na terça-feira (8), ele chegou à cidade e fez um discurso de pouco mais de um minuto para uma plateia minúscula.
Ele tentou se juntar aos apoiadores que estavam de moto em certo momento, mas, aparentemente, não havia um capacete disponível para o presidente. Bolsonaro também se irritou com a lentidão do comboio presidencial e chegou a descer da caminhonete. Pouco mais de um minuto depois, ele voltou ao veículo.
O chefe do Executivo realiza uma turnê pelo Nordeste. Ainda hoje, ele viaja a Jucurutu para visitar a barragem de Oiticica. Depois, segue de helicóptero para Jardim de Piranhas, também no RN.
Motociata de Bolsonaro tem 3% da adesão planejada
As motociatas de Jair Bolsonaro já custaram praticamente R$ 5 milhões aos cofres públicos.
O total leva em conta as despesas com o cartão de pagamento do governo federal, informadas pela Secretaria-Geral da Presidência, e os gastos assumidos pelos estados para garantir a segurança da população e da comitiva de Bolsonaro.
O cálculo só não inclui a viagem do presidente ao Paraná para a motociata que ocorreu no dia 6 de novembro, custo que ainda não foi informado pela Presidência. A Polícia Militar do Paraná também não informou os custos com a visita do presidente, alegando que as despesas “não são processadas de maneira centralizada”.
A primeira motociata aconteceu no dia 9 de maio em Brasília. Outras 12 a sucederam em quase todas as regiões do país, como Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná.