Motoristas de Uber fazem paralisação mundial contra política de tarifas. Por Juca Guimarães

Atualizado em 8 de maio de 2019 às 15:37
Uber. Foto: Divulgação

PUBLICADO NO BRASIL DE FATO

POR JUCA GUIMARÃEES

Os motoristas de Uber fazem um protesto mundial nesta quarta-feira (8) contra a política de tarifas da empresa estadunidense,responsável pelo aplicativo de transporte. A data coincide com a entrada da multinacional no mercado de ações, dez anos após sua criação. A expectativa da empresa é de se aproximar do resultado alcançado pelo Facebook, em 2012, quando movimentou US$ 16 bilhões na sua estreia nas bolsas de valores.

O contraponto à expectativa de lucro recorde da empresa é a relação cada vez mais desigual com os motoristas “parceiros”, termo usado pelo aplicativo para desvincular relações de empregado e empregador.

No Brasil, as reivindicações também giram em torno da segurança dos motoristas e da falta de transparência da empresa, que chegou ao país em julho de 2014.

“Os motoristas trabalham cada vez mais horas ganhando cada vez menos. Em geral, eles trabalham para mais de um aplicativo. As reivindicações são em torno das remunerações, aumento do valor do quilômetro rodado e o aumento da taxa mínima, mas também sobre a relação com as plataformas. Por exemplo, o banimento sem direito de defesa, informações sobre o destino da viagem, redução do tempo de espera pelo passageiro e taxa extra para trabalho noturno”, explica o pesquisador Caetano Patta, doutorando em Ciências Políticas pela USP e que está estudando novas formas de engajamento político, como resultado da precarização das condições de vida e crise na democracia.

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