
Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo iniciaram uma greve nesta terça (9), após as empresas responsáveis pelo transporte coletivo adiarem o pagamento do 13º salário. O movimento começou à tarde, com a decisão de recolher os veículos para as garagens, em resposta à solicitação de mais tempo para efetuar o depósito.
O pagamento estava previsto para ser realizado na próxima sexta (12), mas uma carta enviada pelas empresas ao sindicato gerou insatisfação entre os trabalhadores. O presidente do sindicato, Valdemir dos Santos Soares, informou que a proposta das empresas não agradou a todos os funcionários, resultando no início da paralisação.
“Não foi só o 13º. O 13º e o VR nas férias, que foi uma conquista nossa na campanha salarial. O pagamento seria em setembro. Não pagaram setembro, outubro e novembro. Não iam pagar dezembro. A gente pressionou, disseram que iam pagar dia 12 de dezembro e o retroativo. Não pagaram nada”, disse o SindMotoristas à CNN Brasil.
Em resposta à situação, o sindicato convocou assembleias para a madrugada desta quarta (10), onde será discutido o pedido de adiamento das empresas e a possibilidade de uma greve ser decretada.

O movimento teve início na garagem da viação Sambaíba, localizada no Tremembé, na zona norte da capital, onde já se registrava a falta de ônibus. Em outros pontos da cidade, como na estação Tucuruvi e nos terminais Grajaú e Campo Limpo, também houve registros de ausência de coletivos.
A situação afeta diversas regiões da cidade, já que empresas como Campo Belo, KBPX e Mobibrasil, responsáveis por algumas linhas, também aderiram à paralisação.
Motoristas têm se organizado por meio de grupos no WhatsApp, com líderes sindicais orientando os trabalhadores a obrigar o desembarque dos passageiros como parte da paralisação. O movimento tem ganhado força, com a ausência de ônibus afetando diretamente o transporte de milhares de paulistanos.