Motta nega intenção de prejudicar governo Lula: “Poderes são independentes”

Atualizado em 8 de agosto de 2025 às 9:21
Hugo Motta (Republicanos-PB) e o presidente Lula (PT). Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), garantiu nesta quinta-feira (7) que mantém uma boa relação com o presidente Lula (PT) e negou qualquer intenção de prejudicar o governo, conforme informações do Poder360.

“Se a intenção fosse prejudicar o governo, não teríamos aprovado no mesmo dia uma medida provisória que concedeu isenção para quem ganha até dois salários mínimos, nem uma medida que permitiu um investimento de até R$ 15 bilhões em habitação”, afirmou.

Motta reconheceu discordar de algumas ações do Executivo, mas ressaltou que existe equilíbrio e independência entre os Poderes. Sobre os vetos de Lula a projetos aprovados pela Câmara, disse que isso é um direito do presidente.

“Os Poderes são independentes entre si. Tenho discordâncias sobre algumas decisões do Executivo, assim como o presidente tem o direito de discordar da votação de uma matéria que, de certa forma, não atendeu aos interesses do governo”, declarou.

A fala de Motta ocorreu após o motim bolsonarista no Congresso. O protesto promovido por parlamentares da oposição começou na terça-feira (5) e só terminou na noite do dia seguinte, paralisando os trabalhos da Câmara.

O paraibano foi inicialmente impedido de ocupar a cadeira da Presidência durante a tentativa de abertura da sessão na noite desta quarta-feira (6). O bloqueio partiu do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), que já ocupava o assento em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).

Após breve diálogo com Motta, Van Hattem cedeu e permitiu que o presidente da Câmara assumisse seu lugar para tentar dar início à sessão.

A ocupação do plenário foi motivada por protestos contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou medidas restritivas ao ex-presidente. Os deputados bolsonaristas também pressionam pela votação do projeto de anistia aos golpistas do 8 de Janeiro.