Mourão explica sumiço de Bolsonaro: “Está com uma ferida na perna”

Atualizado em 16 de novembro de 2022 às 19:10
O vice-presidente e senador Hamilton Mourão (Republicanos) e um banner do presidente Jair Bolsonaro (PL)
Foto: Reprodução

Desde a derrota no segundo turno das eleições para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu ao seu vice e eleito senador Hamilton Mourão (Republicanos), a tarefa de receber as cartas credenciais de embaixadores estrangeiros. Segundo o senador eleito, a justificava para essa decisão é de que o presidente está com uma ferida na perna que o impede de colocar uma calça.

A cerimônia para o recebimento das cartas credenciais, que geralmente conta com a participação do chefe do Executivo, foi realizada na manhã desta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto, residência oficial do presidente.

A carta credencial formaliza o início do trabalho de um embaixador naquele país. Nesta quarta, um dos representantes estrangeiros recebidos no Planalto foi o embaixador da Argentina, Daniel Scioli.

Também foram recebidas as embaixadoras do México, Laura Esquivel; da Dinamarca, Eva Bisgaard Pedersen; e da Finlândia, Johanna Karanko, entre outros representantes estrangeiros.

“É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda?”, disse o vice-presidente ao jornal O Globo.

Mourão informou que não tem conversado com Bolsonaro e que o chefe do Executivo não pediu diretamente a ele para participar da cerimônia, porém, afirmou que mandou um “recado”. Após o resultado das eleições, instantes depois da vitória de Lula, Mourão foi até a residência oficial, mas foi barrado de entrar pelo próprio presidente.

Bolsonaro se mantém em silêncio desde a derrota, e sem aparições públicas, no Alvorada. Em primeiro momento, a agenda dele previa um encontro com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, às 15h. A agenda do chefe do Executivo foi atualizada, e não há mais qualquer compromisso previsto. O atual presidente da República só esteve no Planalto duas vezes depois dos resultados das urnas.

O presidente, que deixou de fazer suas costumeiras transmissões ao vivo semanais, tem recebido em sua casa apenas alguns ministros, assessores e políticos aliados. Nesse período, em suas duas aparições públicas, Bolsonaro fez duas declarações: um pronunciamento e um vídeo curto publicado em redes sociais.

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