Mourão vai a Angola como office boy de Edir Macedo e da Universal. Tudo pago pelo contribuinte

Atualizado em 18 de julho de 2021 às 12:43
Mourão recebido pelo presidente de Angola, João Lourenço

Descobriu-se, afinal, para que serve o general Hamilton Mourão: ser office boy de Edir Macedo.

O sujeito está em Angola para tentar baixar a fervura da tensão entre o governo local e a Universal. Como mandar o presidente era muita bandeira, enviam o vice.

“Essa questão com a Igreja Universal aqui afeta o governo e a sociedade brasileira pela penetração que essa igreja tem e pela participação política que ela possui, com o Partido Republicano. Ela não está só no plano espiritual, está também no plano político. Ela tem uma rede de televisão, que é a Rede Record, que funcionava aqui e agora está sem funcionar”, disse à Agência Lusa.

“Nós temos de buscar uma pacificação, apesar de ser uma questão privada, o governo brasileiro gostaria que se chegasse a um consenso entre essas duas partes e que o Estado angolano recebesse a delegação parlamentar brasileira, que quer vir aqui, para tentar chegar a um acordo que arrefeça as diferenças que ocorreram”.

Em 2020, a Justiça angolana fechou e confiscou sete templos, sob acusação de prática dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal e exportação ilícita de capitais.

Quase 300 bispos angolanos se afastaram da liderança brasileira, denunciando desde sonegação até castração e racismo. Em abril, sete pastores receberam ordem de expulsão do país.

Edir é um aliado poderoso do governo e já ameaçou romper por conta do imbroglio. Cogitou-se o nome de Crivella, seu sobrinho, para embaixador da África do Sul para ver se dá um jeito na situação.

O risco é de virar moda no continente e outros país se livrarem dessa picaretagem.

O contribuinte brasileiro paga Mourão para intervir a favor de uma multinacional religiosa. E lá vai Mourão, cheio de paixão, fazer o que sabe: lamber bota. Nesse caso, de bispo.