
O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para apurar denúncias de perseguição a agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que declararam apoio ao ex-presidente Lula (PT) nas eleições deste ano.
Depoimentos de policiais perseguidos dão conta de que o diretor-geral, Silvinei Vasques, e integrantes do alto comando da PRF ameaçaram servidores de retaliação caso não demonstrassem intenção de votar em Jair Bolsonaro (PL). A represália viria sob forma de “transferências arbitrárias, perseguições e PAD’s [processos administrativos disciplinas]”, segundo documento do MPF.
Em um dos depoimentos, um policial rodoviário afirma que passou a responder por sindicância depois de ter feito uma postagem a favor do candidato petista em suas redes sociais. O Ministério Público vai apurar se houve cometimento de atos de improbidade administrativa, abuso de poder e desvio de finalidade.
O inquérito também aborda as blitzes realizadas durante o segundo turno das eleições. Agentes da PRF pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores, contrariando determinação da Justiça. A corporação alega que apenas vistoriou questões técnicas dos veículos.