
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) decidiu arquivar as investigações contra policiais militares do 9º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), sediado em São José do Rio Preto, no interior paulista. Com informações da Folha de S.Paulo.
O caso ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo no perfil oficial do batalhão no Instagram, em abril, que mostrava PMs diante de uma cruz em chamas, realizando gestos semelhantes aos usados por grupos racistas e extremistas, como a Ku Klux Klan.
O conteúdo foi rapidamente apagado, mas não antes de gerar forte reação nas redes sociais. No vídeo, os policiais aparecem erguendo os braços na altura dos ombros, enquanto uma trilha de fumaça vermelha forma o nome “Baep” ao fundo. O gesto e a estética da gravação foram comparados a símbolos historicamente associados ao extremismo racial.
CUIDADO. A PM do Tarcísio perdeu todos os limites
Perfil oficial no Instagram do 9° Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), de São José do Rio Preto e região, no interior de São Paulo, postou um vídeo com policiais militares queimando cruzes e fazendo gesto semelhante a… pic.twitter.com/8NmaOOkykw
— Marco Costa RM (@rede_marco) April 15, 2025
Após a publicação, o MP-SP e a própria Polícia Militar instauraram procedimentos para apurar se houve crime ou violação de conduta. “Comprovando-se eventual desvio de conduta, serão tomadas as medidas necessárias para punição dos agentes da Polícia Militar, corporação que continua contando com a confiança do MP-SP”, informou à época a Procuradoria-Geral de Justiça.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo também se manifestou, afirmando que “a Polícia Militar é uma instituição legalista e repudia toda e qualquer manifestação de intolerância”. Apesar das apurações preliminares e da solicitação de documentos pela Promotoria local, o caso foi oficialmente arquivado, sem que novos detalhes sobre os fundamentos da decisão tenham sido divulgados.