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O Ministério Público de Goiás (MP-GO) obteve autorização da Justiça para realizar novas investigações sobre a morte do serial killer Lázaro Barbosa, ocorrida em junho de 2021, durante operação conjunta das polícias Civil e Militar. A decisão foi assinada pelo juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, e concede prazo de 80 dias para que a delegacia responsável apresente novas informações sobre o caso.
Segundo o MP, o inquérito policial original foi entregue com “informações incompletas”, sem laudos essenciais para uma análise penal. O órgão afirmou que o documento carecia de dados “indispensáveis” para avaliar eventuais responsabilidades na ação que terminou com a morte de Lázaro. Entre as pendências estão o laudo cadavérico definitivo, o laudo necropapiloscópico e o confronto microbalístico das armas usadas na operação.
A promotoria ressaltou que não se trata de uma “reabertura” do caso, já que o inquérito nunca foi formalmente encerrado. Ainda assim, determinou que policiais envolvidos na operação sejam ouvidos novamente, além da inclusão dos novos laudos técnicos no processo. O pedido também foi encaminhado ao Instituto de Criminalística, que deverá apresentar relatórios complementares.
O UOL entrou em contato com as polícias Civil e Militar de Goiás para obter posicionamento sobre as novas diligências, mas não houve resposta até o momento. As forças de segurança ainda mantêm sigilo de cinco anos sobre os registros da operação que capturou e matou Lázaro.

Conhecido nacionalmente como o “serial killer do Distrito Federal”, Lázaro Barbosa, de 32 anos, foi acusado de matar uma família em Ceilândia e de cometer uma série de outros crimes, incluindo estupros, roubos e homicídios em Goiás. Sua caçada mobilizou mais de 300 agentes de segurança e durou 20 dias, entre junho e julho de 2021, até ser morto em confronto.
Durante a perseguição, Lázaro chegou a fazer reféns, trocar tiros com policiais e deixar vários feridos. A operação ganhou destaque nacional pela longa duração e pelo forte aparato policial. Agora, o MP busca esclarecer as circunstâncias da morte do criminoso, que seguem cercadas de dúvidas e lacunas no inquérito original.