MP-RJ entra na fase final da apuração de lavagem de dinheiro de Carlos Bolsonaro

Atualizado em 5 de março de 2024 às 11:28
Carlos Bolsonaro. Foto: reprodução

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) está na fase final da investigação que apura peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos–RJ), conforme informações do site ICL Notícias.

A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, responsável pelo caso, acredita ter todos os elementos necessários para concluir a apuração, especialmente após a entrega, no início de fevereiro, de uma análise dos dados das quebras de sigilo bancárias de Carlos e mais 26 investigados.

No ano passado, entre os dados apontados pelo primeiro laudo do MP, estava o fato de Carlos e a segunda mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Ana Cristina Siqueira Valle, terem recebido em suas contas bancárias um total de R$ 476,8 mil em depósitos em dinheiro sem origem identificada desde 2005.

A informação constava de um laudo produzido pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Lavagem de Dinheiro e à Corrupção do MP do Rio (Ministério Público do RJ). A promotoria pediu mais análises aos técnicos, e a documentação foi finalizada recentemente.

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A ex-esposa de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle. Foto: reprodução

A ex-mulher de Bolsonaro, que foi chefe de gabinete de Carlos, recebeu um total de R$ 385,8 mil em 177 depósitos entre 2005 e 2021. Ela foi chefe de gabinete de Carlos entre 2001 e 2008. Também foram identificados R$ 34,2 mil em três depósitos diferentes de Jair Bolsonaro para ela entre 2012 e 2014.

Carlos Bolsonaro obteve R$ 91.088 em sete depósitos entre 2008 e 2015. As quebras de sigilo bancário foram obtidas com autorização judicial em maio de 2021. O MP considera suspeitos depósitos sem origem e fracionados em dinheiro vivo.

O juiz Marcello Rubioli, da 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), autorizou a quebra de sigilo em maio de 2021. O magistrado avaliou os dados apresentados pelo MP-RJ e escreveu, ao longo de 79 páginas, que verificou “indícios rotundos de atividade criminosa em regime organizado” e que “Carlos Nantes [Bolsonaro] é citado diretamente como o chefe da organização”.

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Yurick Luz
Yurick Luz, 24 anos, é redator no DCM desde 2022. Amante do futebol, são-paulino e entusiasta do mundo automotivo.