MPF pede ao Governo novas ações na Terra Yanomami após casos de abuso sexual

Atualizado em 11 de abril de 2022 às 23:33
povos yanomami na região
Organização Yanomami relata que garimpeiros exigem sexo em troca de comida. Foto: Andressa Anholete / Getty Images

O Ministério Público Federal (MPF) foi até à Justiça Federal apresentar um novo pedido que obriga a União a retomar ações de proteção e operações policiais contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

A informação foi revelada nesta segunda (11) depois da divulgação de uma denúncia da Hutukara Associação Yanomami de que os garimpeiros obrigavam com que mulheres e adolescentes fizessem sexo em troca alimentos básicos.

A medida foi adotada depois que o MPF concluiu que as operações feitas em 2021 pelo Governo Federal foram insuficientes.

A Terra indígena Yanomamy é a maior reserva do país, com 10 milhões de hectares nos estados do Amazonas e Roraima. São cerca de 28,1 mil indígenas na região em cerca de 371 aldeias.

MPF cobra prestação no serviço de saúde

O Ministério Público Federal também cobra que haja a garantia do serviço público de saúde, reabra postos de saúde e que a Fundação Nacional do Índio (Funai) reative o posto de fiscalização em Sucurucus, abandonado em 2009.

O Instituto Nacional do Meio Ambiente (Ibama) também foi notificado para que inicie ações fiscalização em todas as pistas de pouso clandestinas, aeródromos e portos fluviais que ficam próximas à TIY e dão suporto ao garimpo ilegal.

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