O Ministério Público Federal (MPF) pediu o aumento da pena de Jony Figueiredo da Silva (43), réu pelo ataque terrorista de 8 de janeiro, após encontrar seu DNA em um boné deixado na Câmara dos Deputados. Ele foi preso em flagrante na data em frente a um acampamento bolsonarista no quartel-general do Exército em Brasília.
Seu caso começou a ser julgado na última sexta (5) pelo plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise do processo vai até esta sexta (15) e o ministro Alexandre de Moraes, relator, já se manifestou a favor do recebimento da denúncia contra ele.
Jony foi denunciado inicialmente por incitação ao crime contra os poderes constitucionais e associação criminosa, mas após a descoberta de seu DNA no boné, o MPF inclui os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
O órgão afirma que a descoberta foi feita em uma perícia da Polícia Federal. A procuradoria concluiu que Jony participou “ativamente” do ataque e atuou “com os demais para a destruição dos móveis que ali se encontravam”.
Na denúncia, o MPF apontou que os laudos da PF “identificaram vestígios genéticos do denunciado em um boné amarelo encontrado nas dependências do plenário da Câmara dos Deputados, durante exame de local de crime realizado no dia 8 de janeiro de 2023”.
“Unindo-se à massa, o denunciado aderiu aos seus dolosos objetivos de auxiliar, provocar e insuflar o tumulto, com intento de tomada do poder e destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF”, prossegue a denuncia.