Publicado originalmente pelo ConJur:
A entrevista do empresário Paulo Marinho à Folha de S.Paulo, em que afirma que um delegado da Polícia Federal avisou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) de operação contra o filho do presidente da República, teve seu primeiro desdobramento jurídico nesta segunda-feira (18/5).
O Ministério Público Federal decidiu instaurar um procedimento de investigação criminal para apurar os supostos vazamentos da Polícia Federal em operação realizada em 2018. O MPF também solicitou à Justiça Federal o desarquivamento do inquérito policial que investigou suspeitas de que informações privilegiadas.
O procurador da República Eduardo Benones alega que “há notícias de novas provas que demandam atividade investigatória”. Ele se refere a entrevista em que o ex-aliado do presidente e suplente de Flávio no Senado diz que o então deputado estadual pelo Rio de Janeiro teria conhecimento prévio de operação que investigava movimentação atípica das contas de Fabrício Queiroz e a prática de “rachadinha”.
O MPF irá ouvir o empresário Paulo Marinho e irá providenciar a sua segurança antes e depois da oitiva.
Além da investigação pedida pelo MPF, o deputado Marcelo Calero (Cidadania-RJ) enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal em que pede diligências urgentes para apurar o caso.
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