MPT vê ação orquestrada em boom de casos de assédio eleitoral em MG

Atualizado em 27 de outubro de 2022 às 21:40
Evento a favor de Jair Bolsonaro em frigorífico de Betim (MG). Foto: reprodução

Minas Gerais lidera o número absoluto de denúncias de assédio eleitoral neste ano e o Ministério Público do Trabalho (MPT) acredita que há uma ação coordenada de empresários e associações no estado. A informação é da Folha de S.Paulo.

Das 1.965 denúncias recebidas pelo MPT, 512 são de Minas (26% do total). O segundo estado com mais casos, o Paraná, tem menos da metade do número: 215. O estado também lidera no número de empresas denunciadas: 380 de 1.525.

“Tem muitas denúncias que são plurais, ou seja, envolvem centenas de empresas. Por quê? Por que houve uma articulação naquele setor econômico para cometer o assédio eleitoral. O assédio não tem sido praticado de forma isolada”, afirma Ana Cláudia Nascimento Gomes, procuradora do trabalho em Belo Horizonte (MG).

Ela diz que há uma ação “muito articulada” no estado, que é o segundo maior colégio eleitoral do país. Foram abertas 360 investigações em 11 municípios até esta quarta (26). A maior parte delas envolve empresários bolsonaristas.

Há indícios de uma ação orquestrada em Sete Lagoas, município de 250 mil habitantes na Grande Belo Horizonte. Dezenas de comerciantes prometeram dar folga aos seus funcionários na segunda (31) se Jair Bolsonaro for reeleito. Parte dos empresários da região já assinou acordo com o MPT se comprometendo a não oferecer nenhuma vantagem aos trabalhadores.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link