
O governo Lula e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) vão doar duas toneladas de alimentos a brasileiros presos em Gaza. A nova contribuição ocorre após itens como comida, água e medicamentos ficarem ilhados na região depois de bombardeios constantes de Israel.
O carregamento com os itens será levado por avião da Força Aérea Brasileira (FAB) nesta segunda (30) e entregue pela passagem de Rafah, na fronteira com Gaza. O governo Lula diz que a doação faz parte de “esforços internacionais de assistência humanitária”.
“O governo federal e a sociedade civil farão nova contribuição para os esforços internacionais de assistência humanitária aos afetados pelo conflito na Faixa de Gaza, com a doação de 2 toneladas de alimentos oferecida pelo MST. O carregamento de arroz, derivados de milho e leite em pó será levado por avião da FAB que parte hoje do Brasil para o Egito”, diz o governo em nota.
Há 34 pessoas sob os cuidados do Brasil na região da Faixa de Gaza e um avião aguarda autorização no Cairo, no Egito, desde o último dia 18 para resgatá-los. Eles esperam a autorização pra cruzar a fronteira por meio da passagem de Rafah e estão em abrigos temporários.

A doação é destinada principalmente ao grupo, composto por 24 brasileiros e o restante de parente de brasileiros. No último dia 17, o Itamaraty promoveu a doação de quarenta purificadores de água e kits de medicamentos para a população de Gaza.
O número de mortos no conflito entre Israel e o Hamas chegou a 9.410 neste domingo (29), segundo a Al Jazeera e o Ministério da Saúde palestino. São 8.005 palestinos mortos e 20.242 feridos, enquanto entre israelenses são 1.045 mortos e 5.431 feridos.
Há cerca de 2,2 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza. Elas estão sofrendo uma crise humanitária após o cerco promovido por Israel e os constantes bombardeios, que vem gerando escassez de água, gás de cozinha, alimentos e medicamentos.
No último dia 21, começou a entrar ajuda humanitária pela fronteira com o Egito, mas organizações que atuam na região afirmam que o volume ainda é insuficiente para atender a população. Antes do conflito, entravam cerca de 500 caminhões por dia, mas agora chegam somente 12, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), que avalia a ajuda como “uma gota no oceano de necessidades”.