Na investigação contra o ex-presidente pela Polícia Federal (PF), outros supostos crimes cometidos por Jair Bolsonaro (PL) podem ter novos desdobramentos a partir de setembro, quando haverá uma troca do procurador-geral da República (PGR). O inquérito, que está focado na alegada interferência de Bolsonaro na PF, completou três anos em abril e foi rejeitado pelo atual PGR, Augusto Aras, que solicitou o arquivamento do caso. Especula-se que, com um novo procurador escolhido por Lula, as investigações possam avançar, segundo Ricardo Noblat, do Metrópoles.
A investigação começou em abril de 2020, após a demissão do então ministro da Justiça, Sergio Moro, hoje senador pelo União Brasil no Paraná, que acusou Bolsonaro de tentar interferir na PF para obter informações privilegiadas e favorecer filhos e aliados. O inquérito está sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em setembro de 2022, Lindôra Araújo, vice-procuradora-geral da República, apresentou um pedido de arquivamento ao ministro Alexandre de Moraes, alegando falta de elementos para imputar crimes a Bolsonaro.
A possibilidade de uma troca no comando da Procuradoria-Geral da República abre caminho para uma nova análise sobre o caso, pois não haveria obstáculos originados do Ministério Público. O desejo é que o presidente Lula não reconduza Augusto Aras ao cargo, embora as chances disso acontecer existam, mesmo que sejam consideradas pequenas. A expectativa é que Lula escolha o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, como favorito, mas outros nomes, como Antonio Carlos Bigonha e Mário Bonsaglia, também estão na corrida.
Relembre quando Bolsonaro admitiu que iria interferir na Polícia Federal em 2020:
Enquanto isso, após recente operação da Polícia Federal que envolveu Bolsonaro, até a cúpula das Forças Armadas enxerga a prisão como destino provável para o ex-presidente. A avaliação é que sua prisão não afetaria as Forças Armadas nem mobilizaria a reserva militar.
O apoio a Bolsonaro diminuiu conforme surgiram provas relacionando-o e outros militares à compra e venda ilegal de joias recebidas da ditadura saudita durante sua gestão.
Além disso, uma nova linha de investigação foi aberta pela Polícia Federal a respeito das propriedades do ex-presidente fora do Brasil. Com a colaboração do FBI, as autoridades estão analisando compra de imóveis nos EUA, especificamente nos estados de Nova Jersey e Flórida, em nome de pessoas ligadas a Bolsonaro. Há suspeitas de que esses imóveis sejam, na verdade, propriedade do ex-presidente e façam parte de um esquema de ocultação de patrimônio. Um corretor também foi identificado como intermediário em uma das transações imobiliárias.
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