A advogada Paola da Silva Daniel, esposa do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ), não compareceu ao depoimento marcado para as 15h desta sexta-feira (10) na sede da Polícia Federal em Brasília. A defesa da advogada já havia informado a PF que ela não estaria presente, segundo informações do Estadão.
A oitiva foi uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que se “esclareça as circunstâncias” de uma transferência de R$ 100 mil, feita da conta de Silveira para a da mulher.
A transição foi realizada antes de os bancos cumprissem ordem de bloqueio contra Silveira pelo descumprimento de medidas cautelares no processo em que foi condenado por ataques contra a democracia. O deputado acumula R$ 645 mil em multas por violações.
A advogada de Paola, Mariane Cardoso, diz que não há “condições de analisar a plausabilidade” do comparecimento de sua cliente ao depoimento devido a negativa de acesso ao procedimento em que a mulher de Silveira foi citada, que corre sob sigilo.
Moraes mandou bloquear as contas de Paola, registrando indícios do crime de favorecimento pessoal. A defesa do parlamentar pediu o desbloqueio das contas dela, alegando que ela também é advogada no processo e que o congelamento das contas bancárias seria uma violação às prerrogativas profissionais.
De acordo com a defesa, em razão do bloqueio de suas contas, Paola está “sem recursos financeiros para sua sobrevivência e custeio de suas atividades profissionais”.