Mulher finge ter câncer e usa dinheiro de doações para “vida de luxo”; entenda

Atualizado em 8 de agosto de 2024 às 19:28
Kamilla Morgana Mendes Borges. Foto: Divulgação

Kamilla Morgana Mendes Borges, de 29 anos, foi presa no dia 30 de julho em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, sob suspeita de estelionato. A mulher é acusada de fingir ter câncer para obter doações, que posteriormente eram utilizadas para financiar uma vida de luxo, incluindo procedimentos estéticos e aluguel de um apartamento de alto padrão.

O delegado responsável pelo caso, Igomar de Souza Caetano, afirmou que Kamilla utilizava o dinheiro arrecadado para pagar buffets, prestadores de serviços e até artistas plásticos. “Ela tinha uma vida de gastos, de luxos. Ela usava desse artifício para sensibilizar e emocionar as vítimas, que acreditavam estar ajudando em um ato de generosidade. Mas, infelizmente, era tudo mentira”, declarou o delegado.

A mulher foi denunciada pelo professor de artes Gustavo Henrique de Moura, que lecionava para Kamilla e seu filho. Ele contou que ela afirmava ter câncer de mama, que teria se espalhado pelo corpo, e utilizava bandanas para cobrir a cabeça, simulando os efeitos de um tratamento quimioterápico.

Kamilla sendo presa pela policia. Foto: Ddiuvçgfação

A fraude gerou um prejuízo de R$ 53 mil ao professor, que pagava boletos acreditando serem para custear tratamentos médicos. As investigações revelaram que ela não só fingia ter câncer em estágio terminal, mas também alegava sofrer de lúpus, uma doença inflamatória autoimune.

Com essas alegações, ela sensibilizava amigos, familiares e até pessoas da escola de sua filha, arrecadando cerca de R$ 150 mil. Em prints de mensagens obtidos pela Polícia Civil, Kamilla pedia R$ 48 mil para um tratamento oncológico, prometendo devolver o valor após o reembolso do plano de saúde.

Durante a audiência de custódia, ela negou ter qualquer doença grave e afirmou estar desempregada. Sua defesa, representada pelo advogado Gilliano Freitas, alega que ela sofre de sérios problemas psicológicos, incluindo Transtorno Bipolar, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Depressão e Síndrome de Steven Johnson.

A defesa argumenta que esses transtornos, aliados ao uso de medicações controladas, comprometem a consciência de Kamilla sobre os seus atos.

Mensagens revelam como suspeita de fingir câncer para aplicar golpes atuava. Foto: Divulgação
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