“Mulher nasceu para auxiliar o homem”: conheça Frei Gilson, novo xodó do bolsonarismo

Atualizado em 8 de março de 2025 às 16:52
Fenômeno católico, Frei Gilson tem reunido milhares de fieis para rezar de madrugada. Foto: Reprodução

No Dia Internacional da Mulher, celebrado neste sábado (8), viralizou nas redes sociais uma fala de Frei Gilson em que ele afirma que “a mulher nasceu para auxiliar o homem”. A declaração foi extraída de uma de suas pregações, onde o religioso também desqualifica o conceito de “empoderamento feminino”.

A repercussão negativa do discurso acontece em meio ao crescimento da popularidade de Frei Gilson, que recentemente atraiu cerca de 1 milhão de fiéis em uma transmissão ao vivo realizada às 4h da manhã. Aos 38 anos, o sacerdote paulista ganhou notoriedade durante a pandemia. A figura também ja disse que ser gay é pecado, tem parcerias com a Brasil Paralelo e orou muito pelos “patriotas” de porta de quartel na tentativa de golpe do Bolsonaro.

 “Eu não me contento só em ser, em ter qualidades normais de uma mulher, eu quero mais. E isso é a ideologia dos mundos atuais, uma mulher que quer mais… empoderamento”, disse o frei, atribuindo à busca feminina por igualdade um caráter mundano e até mesmo “diabólico”. Trechos como esse, somados à frase sobre a missão feminina de “nascer para auxiliar o homem”, foram duramente criticados por organizações e lideranças católicas que defendem um olhar mais inclusivo.

O religioso aparece inclusive citado na trama da tentativa de golpe bolsonarista no inquérito da Polícia Federal. Ele estaria relacionado com a criação de algo como uma “oração do golpe”, conforme apontam as investigações:

Natural de São Paulo e integrante da congregação Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo desde os 18 anos, Frei Gilson também se dedica ao trabalho musical. À frente do grupo Som do Monte, ele utiliza canções e discursos primitivos como forma de radicalizar milhões de seguidores em plataformas digitais, alcançando destaque principalmente no YouTube e no Instagram.

Seus “ensinamentos”, machistas machistas e misógenos, repercutiram especialmente neste Dia Internacional da Mulher, data em que se evidenciam as lutas e as conquistas femininas. Muitas vozes se levantaram para repudiar a fala de Frei Gilson, reforçando a necessidade de combater visões que reforcem a subordinação da mulher.

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