Os fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, podem estar armados com fuzil. A polícia encontrou munição compatível com esse tipo de arma no esconderijo onde os dois estiveram escondidos por quase oito dias.
Segundo os investigadores, a munição estava no buraco que os criminosos cavaram para se esconder dos sensores de calor dos drones usados pela polícia. Os dois detentos foram vistos pela última vez na tarde de quinta-feira (29).
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, ambos ligados ao Comando Vermelho, ficaram escondidos por quase oito dias na casa do mecânico Ronaildo da Silva Fernandes, de 38 anos.
O imóvel está localizado próximo da divisa entre Rio Grande do Norte e Ceará. O mecânico foi preso após receber cerca de R$ 5 mil para que os fugitivos ficassem no local.
A Polícia Federal (PF) apontou que o Comando Vermelho está bancando uma rede de apoio para ajudar os fugitivos. Segundo parte da investigação a que a Folha de S.Paulo teve acesso, essa rede auxilia os detentos a se manterem em áreas rurais, fornecendo alimentação, bebidas, transporte e, possivelmente, armas de fogo.
Ainda segundo as investigações, os fugitivos estabeleceram contato com membros da facção criminosa e familiares no dia 16 de fevereiro, enquanto faziam uma família refém em Mossoró. Desde então, eles têm recebido suporte local.
Um homem resgatou os criminosos e os conduziu a uma região próxima a Baraúna, cidade próxima da divisa com o Ceará. Segundo a polícia, há fortes indícios de que o homem faça parte do Comando Vermelho, tendo inclusive, registros criminais.
Após deixar os presos nas proximidades de Baraúna, o suspeito teria viajado até Aquiraz, no Ceará, onde adquiriu armamentos, possivelmente repassados aos criminosos, e retornado a Mossoró.