
Uma região próxima à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi disponibilizada pelo governo federal para a construção do Museu da Democracia, um espaço projetado para ser um acervo memorial e de união dos “setores democráticos do País”.
Esta iniciativa, uma resposta aos ataques golpistas de 8/1, resulta de um entendimento entre o Ministério da Cultura (MinC) e a Secretaria de Patrimônio da União (SPU).
O local destinado à construção do Museu da Democracia está situado no setor cultural do Distrito Federal, exatamente ao lado do Teatro Nacional Claudio Santoro, na porção norte da Esplanada.
Para selecionar o projeto arquitetônico mais adequado para a proposta, o MinC e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) conduzirão um concurso nacional. Após essa etapa, ocorrerá uma licitação para a realização da obra, prevista para iniciar em 2025.
Segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira, 5, pelo MinC, o Museu será independente de linhas ou partidos políticos. A nota destaca que a intenção é que seja uma instituição cívica, plural e construída em sintonia com todos aqueles que apoiam a democracia.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Além disso, a institucionalização do Museu da Democracia deverá ser pautada por um processo participativo de consultas com especialistas, representantes de coletivos e entidades reconhecidamente engajadas em processos culturais e educativos voltados à valorização da democracia e dos direitos humanos”, acrescentou.
O lançamento do repositório do Museu da Democracia está agendado para a próxima segunda (8), marcando um ano dos ataques golpistas. Este repositório será um espaço virtual destinado a sistematizar, organizar e disseminar conteúdos sobre a democracia contemporânea no país.
“Além de abrigar um memorial sobre os ataques antidemocráticos do ano passado, o repositório servirá de base para uma campanha para mobilizar museus e pontos de memória a refletirem enquanto agentes de um estado democrático e protagonistas de sua própria história, enfatizando a importância da participação e do envolvimento social na construção de direitos em nível local”, explicou o MinC.