Musk diz que Moraes exige que o X “viole as leis de outros países”

Atualizado em 16 de abril de 2024 às 0:20
O ministro Alexandre de Moraes, sob a mira das críticas de Elon Musk. Fotomontagem

O empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), disse nessa segunda-feira (15), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, está exigindo que a rede social viole as leis brasileiras.

Em seu perfil oficial, Musk escreveu que “as leis dos Estados Unidos impedem o X de participar de corrupção que viole as leis de outros países, que é o que Alexandre de Moraes está exigindo que façamos”, marcando a conta oficial do ministro.

Na mesma postagem, Musk comentava uma nota do “Assuntos Governamentais Globais”, perfil institucional do X, que informou que a X Corp., empresa privada de Musk, foi intimada pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos para fornecer informações sobre as ordens do STF. “Para cumprir suas obrigações de acordo com a legislação dos EUA, a X Corp. respondeu ao Comitê”, informou o perfil institucional.

O conflito entre o bilionário sul-africano e o ministro do STF começou no sábado, 6, quando Musk utilizou seu perfil na rede social X para acusar Moraes de infringir a Constituição brasileira e promover censura em decisões judiciais. No dia seguinte, o empresário reiterou suas críticas a Moraes, sugerindo que o ministro deveria renunciar à sua cadeira na Corte ou enfrentar um impeachment.

Em uma declaração, o X alegou ter sido obrigado, por decisões judiciais, a bloquear certas contas populares e que desconhece os motivos pelos quais as ordens de bloqueio foram emitidas.

Em resposta, o ministro incluiu Musk como investigado no inquérito das milícias digitais por “dolosa instrumentalização” do X. Na segunda-feira passada, 8, o empresário repetiu suas críticas, chamando Moraes de “ditador” e sugerindo que ele mantinha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “na coleira”.

Na quarta-feira seguinte, 10, Moraes se manifestou publicamente sobre a polêmica ao afirmar que “talvez alguns alienígenas não saibam, mas passaram a aprender e tiveram conhecimento, da coragem e seriedade do Poder Judiciário brasileiro”.

“A população brasileira, as pessoas de bem, sabem que liberdade de expressão não é liberdade de agressão, não é liberdade para proliferação do ódio, do racismo, da misoginia, da homofobia, não é liberdade de defesa da tirania”, declarou o ministro em sessão plenária do STF.

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