
Nesta terça (25), na CPI da Covid, Mayra Pinheiro, a “Capitã Cloroquina”, afirmou que 2400 análises mostram que a cloroquina funciona contra covid-19.
A bolsonarista mente: existem mais de 2500 artigos sobre a droga e, na maioria deles, há um consenso de que o remédio não funciona contra o vírus.
Defendendo tratamento precoce na CPI, Capitã Cloroquina diz que Brasil não é obrigado a seguir OMS
Desde janeiro de 2020, estudos devidamente revisados e publicados mostram que não há a eficácia que defende Mayra Pinheiro, que chegou a encaminhar à prefeitura de Manaus um documento recomendando a cloroquina aos moradores da cidade.
Ela ainda alega que a decisão de receitar a cloroquina é em respeito à decisão do CFM (Conselho Federal de Medicina) de dar autonomia a médicos.
Tatiana Roque, Coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, critica a tese.
“Política de saúde pública não se baseiam em decisões individuais. É política de Estado, que deve se fundar em recomendações dos órgãos técnicos competentes, como a Anvisa”.
Ela afirma que o CFM é um “órgão corporativo da classe médica” e não deve tomar este tipo de decisão.
Algumas pessoas estão citando o CFM, mas é totalmente diferente! Nos desacostumamos a levar em conta o funcionamento dos órgão públicos. O CFM é órgão corporativo da classe médica! Não é um órgão técnico que integre a estrutura de recomendações técnicas do Estado.
— Tatiana Roque (@tatiroque) May 25, 2021
A bolsonarista depõe na CPI da Covid nesta terça, veja: