Jair Bolsonaro está determinado a ser o último líder no mundo a cumprimentar Joe Biden pela vitória na eleição dos EUA.
Uma hora vai fazê-lo porque é um covarde e não tem alternativa. Logo estará abanando o rabo para o novo dono.
Enquanto isso, o chanceler Ernesto Araújo vai se virando como pode.
O falastrão já desapareceu das redes sociais.
Em seu blog Metapolítica, apagou um famoso post em que definia Trump como um cruzado contra o comunismo, o islamismo e o globalismo.
Em 2017, Araújo perpetrou um artigo intitulado “Trump e o Ocidente”, no qual tecia loas ao picareta cor de laranja.
“Os Estados Unidos iam entrando no barco da decadência ocidental, entregando-se ao niilismo, pela desidentificação de si mesmo, pela desaculturação, pela substituição da história viva pelos valores abstratos, absolutos, inquestionáveis. Iam entrando, até Trump”, disse ele.
O ídolo de Araújo e do chefe Jair era capaz de recuperar um passado simbólico, histórico e cultural das nações ocidentais, tendo como eixos o nacionalismo e “o anseio por Deus, o Deus que age na história”, uma interpretação consagrada na filosofia de Georg Hegel.
“Já hoje o marxismo conclama a destruir o conceito de comunidade histórica, a nação, e não fala mais de liberdade, hoje quer um mundo de fronteiras abertas onde todos são imigrantes e ninguém pode identificar-se com sua terra nem com sua gente sem ser chamado de fascista”, escreveu.
Somente “um Deus poderia salvar o Ocidente, um Deus operado pela nação – inclusive e talvez principalmente a nação americana”.
A essa altura, Araújo está combinando com Bolsonaro uma saída honrosa que passa por alguma mamata na Europa.