Na ONU, governo brasileiro pede que Haia aceite denúncia contra Israel por genocídio em Gaza

Atualizado em 24 de janeiro de 2024 às 19:31
Mulher palestina carrega filho no colo após ataque israelense a Gaza. Foto: Mahmud Hams/AFP

O governo Lula fez um apelo para que a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, aceite a denúncia que acusa Israel de genocídio em Gaza. Durante discurso nesta quarta (24) no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), o embaixador que representa o Brasil no organismo internacional, Sérgio Danese, afirmou que as medidas solicitadas pela África do Sul são “muito urgentes e necessárias”.

“As medidas provisórias solicitadas pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça, com o objetivo de evitar o risco de genocídio, exigindo ‘a suspensão imediata das operações militares em Gaza e contra Gaza’, são muito urgentes e necessárias”, afirmou o embaixador.

Para Danese, o cessar-fogo em Gaza é “possivelmente a única alternativa que pode preservar a capacidade da comunidade internacional” de solucionar o conflito e conquistar uma paz duradoura na região.

“O pronunciamento solicitado pelo principal órgão judicial da ONU não só pode possibilitar a ajuda humanitária necessária e salvar vidas civis, mas também pode contribuir para a criação de um ambiente propício para a restauração do diálogo político e para a retomada das negociações visando à solução de dois Estados”, prosseguiu.

Reunião no Conselho de Segurança da ONU. Foto: Reuters

Durante o discurso, ele ainda cobrou ações efetivas do Conselho de Segurança e afirmou que é necessário “ir além das declarações de desejo e se engajar em diálogos e compromissos que se traduzam em ação”.

O governo federal endossou a denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel no CIJ no início deste mês. Em comunicado, o Palácio do Planalto avalia que há “flagrantes violações ao direito internacional humanitário” nos ataques israelenses.

A corte deve se pronunciar sobre a denúncia nesta sexta (26), mas a acusação sobre genocídio deve ser analisada em outro momento. Inicialmente, o CIJ vai avaliar somente o pedido para impor medidas cautelares contra Israel e exigir um cessar-fogo na guerra.

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