Na ONU, Lula critica sanções dos EUA: “Nossa democracia e soberania são inegociáveis”

Atualizado em 23 de setembro de 2025 às 11:24
O presidente Lula (PT) discursa na 80ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Foto: Reprodução

O presidente Lula (PT) disse nesta terça-feira (23), durante a 80ª edição da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, que não há justificativa para as retaliações do governo Trump contra o Brasil.

“Atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando regra”, iniciou o petista. Segundo Lula, a “ingerência em assuntos internos” do Brasil é “inaceitável”.

“Nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis (…) Agressão contra o Poder Judiciário é inaceitável. (…) Seguiremos como país soberano e povo unido contra qualquer tipo de ameaça”, disse Lula, que foi aplaudido durante seu discurso.

O governo Trump impôs sanções com a Lei Magnitsky, utilizada para punir agentes estrangeiros violadores de direitos humanos, a diversas autoridades brasileiras ligadas ao Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por golpe de Estado.

As sanções americanas mais recentes ocorreram ainda nesta segunda-feira (22). O presidente norte-americano impôs sanções a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e à empresa Lex Instituto de Estudos Jurídicos, responsável por imóveis da família.

Lula ainda defendeu a legitimidade do julgamento de Bolsonaro e mandou indireta a Trump. “Bolsonaro teve amplo direito de defesa. Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam”, disse o mandatário.

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