Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (7) durante manifestação golpista na avenida Paulista que deseja que Alexandre de Moraes sofra um impeachment. Ele foi categórico ao afirmar que o ministro do STF foi responsável pela “condução eleitoral” durante o pleito em que perdeu a reeleição em outubro de 2022. “Que o Senado bote freio nesse ditador”, falou.
“Eu me elegi em 2018, numa falha do sistema, quanto é verdade que a minha eleição foi investigada pela Polícia Federal em novembro de 2018”, começou o ex-presidente, em cima do trio elétrico com Silas Mafalaia, Tarcísio de Freitas e outros aliados. No discurso, Bolsonaro contou que havia um inquérito para tirá-lo do poder mesmo após ganhar as eleições. “Não conseguiram, mas dentro desse inquérito está a verdade que nos liberta. Essa verdade tão temida pelo sistema”.
“Tão logo me reuni com embaixadores em 2022, e o ministro Alexandre de Moraes pegou esse inquérito ostensivo em confidencial […] Ninguém mais teve acesso, eu tive acesso, mas se eu falar o que eu vi, eu estaria cometendo um crime e isso que é o que ele quer”, acrescentou. “É inacreditável o que está lá”.
Em seguida, o ex-presidente afirmou que todo o processo de eleição de outubro de 2022 foi conduzido para que perdesse.
“Ela foi totalmente conduzida de forma parcial pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Eu não podia fazer live da minha casa, não podia mostrar imagens de 7 de setembro, não podia associar Lula ao ditadores. E do outro lado, eles podiam fazer, como me chamar de genocida”.
Por fim, Bolsonaro afirmou que ele deveria ter morrido no ataque de Juiz de Fora para ser culpado em morte de Marielle Franco.
Pela manhã havia dúvida sobre a participação do ex-presidente no protesto. Ele precisou ser levado ao hospital Albert Einstein com gripe e dificuldade para respirar.
Alguns suspeitaram de armação por medo de ser preso.
O ato golpista ocupou quando muito três quarteirões da Paulista, num evento considerado flopado pelos observadores.