Na sentença em que condenou Lula a 12 anos e 11 meses de cadeia, a juíza Gabriela Hardt citou uma “reportagem” do Uol para fazer auto elogio.
“Comprovar”, assim, comportamento cordial com Lula e seus advogados.
Não é piada. Ou melhor, não deveria ser.
“Em primeiro lugar, registro que minha conduta durante as audiências em que realizados os interrogatórios dos 13 réus destes autos, assim como nos demais feitos em que judiquei, sempre foi pautada pela cordialidade, tendo sido inclusive elogiada publicamente por tal postura (https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/11/13/comportamento-juiza-gabriela-hardt-substituta-sergio-moro-interrogatorios-lava-jato.htm)”, lê-se.
Pra quem tem memória curta, no interrogatório de Lula, respondendo à indagação se ele seria o dono do sitio em Atibaia, a juíza declarou: “Se o senhor começar nesse tom comigo a gente vai ter problemas”.
A frase hostil foi parar em uma camiseta da primeira dama Michele Bolsonaro quando o casal tirou férias. A defesa contestou a parcialidade da substituta de Moro.
A magistrada também gastou algumas dezenas de laudas para enaltecer seu ex-colega Sergio Moro.
Não é a primeira ocasião em que isso aconteceu.
No julgamento do ex-presidente no TRF4, os desembargadores também passaram longo tempo defendendo a atuação impecável do atual ministro da Justiça.
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