“Não se pode confundir união com impunidade”, diz Moraes em evento do 8/1

Atualizado em 8 de janeiro de 2024 às 18:19
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: AFP

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF, Alexandre de Moraes, enfatizou nesta segunda (8) a necessidade de punição aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ele ressaltou que não se deve confundir “paz e união com impunidade” e destacou que não haverá “apaziguamento”.

Durante a cerimônia “Democracia Inabalada”, que marca um ano dos ataques golpistas, Moraes afirmou que todos aqueles que contribuíram para a quebra da democracia e a instauração de um regime de exceção serão devidamente investigados, processados e responsabilizados de acordo com suas culpas.

“O fortalecimento da democracia não permite confundirmos paz e união com impunidade, apaziguamento ou esquecimento. Impunidade não representa paz nem união. O apaziguamento também nao representa paz, nem União.”, contou

“Um apaziguador, como lembrado pelo ministro Winston Churchill, é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado. Esquecimento também da mesma maneira não significa nem paz nem união, porque ignorar atentado à democracia seria equivalente a encorajar grupos extremistas aos atos criminosos de golpistas”.

Ataque terrorista do 8 de janeiro em Brasília. Foto: Evaristo Sá/AFP

O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente do Congresso Rodrigo Pacheco, do presidente do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, ministros do governo, do STF, governadores e parlamentares.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não compareceu, alegando um problema de saúde na família.

Além disso, Moraes reiterou seu apoio à regulamentação das redes sociais, destacando a falta de controle sobre o ambiente virtual como um “dos grandes perigos modernos da democracia”.

Ele alertou para a instrumentalização das redes sociais pelo populismo digital extremista, amplificado pelas big techs e inteligência artificial, que potencializam a desinformação e o discurso antidemocrático. O ministro enfatizou que o avanço tecnológico permite a atuação livre desse novo populismo digital extremista e de seus aspirantes a ditadores.

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