O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta sexta-feira (14), que a paz entre Ucrânia e Rússia não pode ser negociada apenas com um dos lados. O petista ainda disse não acreditar que o conflito possa terminar com uma solução militar.
“O Brasil condenou a invasão russa da Ucrânia. No entanto, acreditamos que não haverá uma solução militar para esse conflito, nem que um país possa negociar a paz sozinho, sem considerar a outra parte. As duas partes devem resolver as suas divergências na mesa de negociações. Como dizia o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, a paz não se faz entre amigos, se faz entre inimigos”, disse em entrevista ao jornal italiano La Reppublica.
Lula está na Itália para participar da reunião do G7. A reunião começou na última quinta-feira (13) e, a partir desta sexta-feira, será ampliada com a participação de países emergentes. Esta é a oitava vez que o Brasil é convidado a participar dos debates.
O mandatário foi convidado para um encontro na Suíça que pretende tratar das negociações de paz na Ucrânia. No entanto, apesar de ter passado pelo país ontem para uma conferência da Organização Internacional do Trabalho, disse que não iria comparecer porque a Rússia não foi chamada. O Brasil será representado pela embaixadora na Suíça, Cláudia Buzzi.
Vale destacar que em maio, Brasil e China fizeram uma proposta conjunta para negociações de paz entre Rússia e Ucrânia. Uma das premissas é a necessidade de representação dos dois países nas negociações. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirma que isso legitima a invasão russa.
Quando questionado se a Organização das Nações Unidas não poderia fazer essa negociação, Lula mencionou que a ONU atualmente é fraca e que seria necessário reformar o Conselho de Segurança, cortando o poder de veto dos membros permanentes, para que possa agir.
Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link