Nem Rússia nem Ucrânia: Governo Lula tem dupla abstenção em votação na Assembléia Mundial da Saúde

Atualizado em 24 de maio de 2023 às 12:11
Lula e Zelensky conversam por chamada de vídeo. (Ricardo Stuckert/Presidência)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em gesto de dupla abstenção, decidiu por não apoiar decisões propostas por governos ocidentais com relação ao conflito vivido por Rússia e Ucrânia desde o ano passado. Com informações de Jamil Chade, colunista do Uol.

O gesto surgiu num momento em que algumas potências ocidentais questionaram a possibilidade política do governo de Lula em atuar como facilitador no conflito entre russos e ucranianos. O Palácio do Planalto, porém, tem optado por manter declarações condenando a agressão russa, mas deixando claro que um isolamento completo de Moscou poderia representar até mesmo um risco nuclear ao mundo.

Após o voto do Brasil, a delegação brasileira na OMS pediu a palavra para explicar a postura do país.

Armamento nuclear russo. (Foto: Reprodução)

A proposta de texto que condena a Rússia circulou entre os governos na noite de segunda-feira (22) e foi patrocinada por mais de 40 países, entre eles EUA, Alemanha, França, Coreia do Sul, Reino Unido e Austrália.

O Brasil não compactuou com o texto e, ao votar, a instrução que o Itamaraty enviou para a delegação brasileira na OMS era de optar por uma abstenção. Ao lado do Brasil estiveram outros países dos Brics, como Índia e África do Sul. Já a China votou contra a resolução, ao lado de Cuba, Síria e Coreia do Norte.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link