Neoliberais argentinos anunciam ‘tarifaço’: luz, gás e transportes disparam. Por Fernando Brito

Atualizado em 28 de dezembro de 2018 às 22:38
Jornal Clarín. Foto: Reprodução/Tijolaço

Publicado originalmente no blog Tijolaço

POR FERNANDO BRITO

O final do ano chegou com notícias amargas para o povo argentino, a quem o neoliberalismo prometia uma onda de prosperidade.

O Governo de Maurício Macri, seguindo as ordens do Fundo Monetário Internacional, anunciou, para 2019, aumentos cavalares nas tarifas de serviços públicos: 55%, em média, na conta de luz, 40% no transporte público e 35% no gás.

A exigência é que se ponha fim na política de subsídios nos preços públicos da era Kirchner, que já vinha sendo minada e, agora, recebe seu mais forte impacto.

Os 3% de expansão do PIB argentinos, previstos no início do ano como repetição da alta de 2017, terminam 2018 com uma retração de quase 2% na economia e uma inflação que ronda os 50%.

Em meio à insegurança dos mercados mundiais, os investidores correm da fragilidade econômica argentina, um risco ao qual não estamos imunes aqui.

A Bovespa registrou, até o dia 21, a saída de R$ 11,07 bilhões em investimentos estrangeiros em ações, a primeira queda desde 2011 e perto da metade do desastre de 2008, com a crise econômica mundial.