
Rachele Mussolini, neta do ditador fascista italiano Benito Mussolini, afirmou que vai deixar o partido da primeira-ministra Giorgia Meloni, o Irmãos da Itália, pelo fato de a sigla ser “muito à direita”. Ela afirma que discorda da visão da legenda sobra minorias e que vai se filiar ao Forza Itália, de centro-direita.
“É hora de virar a página e ingressar em um partido que sinto estar mais próximo de minhas sensibilidades moderadas e centristas”, afirmou Rachele à agência de notícias italiana Ansa. O Forza Itália faz parte da coalizão de Meloni e se apresenta como defensor de valores cristãos, mas mais liberal.
O Irmãos da Itália foi criado a partir do Movimento Social Italiano (MSI), herdeiro do fascismo italiano na época da Segunda Guerra Mundial. Meloni tem tentado apresentar o partido como uma sigla conservadora, mas não extremista.

No mês passado, Rachele, que é vereadora de Roma e foi a mais votada nas eleições municipais de 2021, se manifestou publicamente a favor da boxeadora olímpica Imane Khelif, da Argélia, que foi falsamente acusada de ser transexual durante os Jogos Olímpicos.
Na ocasião, Meloni afirmou que a luta da argelina contra a italiana Angela Carini não teve igualdade de gênero. Rachele, no entanto, defendeu Imane Khelif e disse que a lutadora estava sofrendo “uma caça às bruxas indigna”.
A meia-irmã de Rachele, a eurodeputada Alessandra Mussolini, também pulou do barco da extrema-direita na Itália e se tornou uma ativista dos direitos LGBTQIA+ nos últimos anos. Ela chegou a militar com Meloni no MSI, mas migrou para o Forza Itália em 2008 e vem mudando o discurso desde então.
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