O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em busca de uma “vitória absoluta” na Faixa de Gaza, recusou nesta quarta-feira (7) uma nova proposta de cessar-fogo na guerra contra o Hamas, que havia dado resposta positiva para a trégua na terça-feira (6), segundo informações divulgadas pelo premiê do Catar.
Em comunicado à imprensa, Netanyahu rejeitou os termos do cessar-fogo e enfatizou a busca pela vitória sobre o Hamas nos próximos meses. O conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza está em curso desde 7 de outubro de 2023. Estima-se que mais de 25 mil palestinos foram vítimas de bombardeios israelenses.
Em resposta, um oficial do Hamas destacou que a recusa de Netanyahu à proposta de trégua evidencia a vontade do primeiro-ministro israelense de manter conflitos na região.
A nova proposta de cessar-fogo incluiria a troca de reféns entre Israel e Hamas, além da entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Está prevista uma nova rodada de negociações da trégua para esta quinta-feira (8) no Cairo, no Egito, com a participação de representantes das partes envolvidas no conflito e dos primeiros-ministros do Catar, Estados Unidos e Egito, países intermediadores do cessar-fogo.
O oficial do Hamas no Líbano, Osama Hamdan, informou que uma delegação do grupo liderada pelo oficial Khalil Al-Hayya viajará na quinta ao Cairo a fim de dar continuidade às negociações de cessar-fogo com o Egito e o Catar.
O Hamas apresentou suas observações sobre a proposta visando garantir um cessar-fogo permanente e abrangente, bem como a entrada de ajuda humanitária para suprimentos alimentares e o levantamento do cerco a Gaza.
Na terça-feira, o governo de Israel relatou que mais de 30 reféns ainda em poder do Hamas na Faixa de Gaza foram encontrados mortos.
A proposta de cessar-fogo previa conversas de paz estabelecidas em três fases, com cada uma durando 45 dias. O primeiro período seria para a libertação de reféns, intensificação da ajuda humanitária e a pausa nas ofensivas militares.
No segundo momento, as partes teriam de negociar o fim absoluto da guerra, dando continuidade às trocas de reféns e estabelecimento da ajuda humanitária. Por fim, a terceira fase seria para pacificar a região e “trocar corpos e restos mortais de ambos os lados após sua chegada e identificação”.
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