
“O movimento de extrema-direita do Brasil e seu líder, o ex-presidente Jair Bolsonaro, vêm tendo alguns dias desafiadores”, diz o New York Times em matéria de página inteira do domingo, 24.
Segue:
Primeiro, um apoiador do Sr. Bolsonaro se explodiu perto da Suprema Corte do país, uma instituição que muitos à direita veem como inimiga, em um ataque terrorista que a polícia atribuiu ao extremismo político.
Dias depois, as autoridades acusaram membros de uma unidade militar de elite — incluindo um ex-assessor do Sr. Bolsonaro — de planejar matar Luiz Inácio Lula da Silva semanas antes de ele se tornar presidente. O plano de assassinato, disse a polícia, foi impresso nos escritórios presidenciais enquanto o Sr. Bolsonaro estava no prédio, de acordo com um relatório policial revisado pelo The New York Times.
Agora, a polícia está buscando acusações criminais contra o próprio Sr. Bolsonaro, juntamente com três dúzias de seus aliados, sobre uma ampla trama para encenar um golpe para mantê-lo no poder depois que ele perdeu a eleição presidencial de 2022 para o Sr. Lula.
Os eventos dramáticos, que se desenrolaram ao longo de oito dias, lançaram uma sombra sobre um movimento que o Sr. Bolsonaro mobilizou à medida que subiu ao poder, se consolidou como presidente e continuou a nutrir após sua estreita derrota nas urnas.