
Um levantamento exclusivo da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados feito para a revista Veja, aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera o ranking de relevância nas redes sociais entre possíveis candidatos à Presidência da República. O estudo analisou o desempenho digital de onze presidenciáveis entre janeiro e julho de 2025.
A pesquisa avaliou métricas como número de publicações, seguidores, engajamento e média de interações por post em Instagram, TikTok, X, YouTube e Facebook. Cada candidato recebeu uma nota de zero a cem, resultando na liderança de Lula, com 79,76 pontos, seguido por outros nomes do cenário político.
Na sequência do ranking estão Eduardo Bolsonaro (58,76), Flávio Bolsonaro (49,02), Tarcísio de Freitas (30,14), Fernando Haddad (12,96) e Michelle Bolsonaro (12,85). Completam a lista os governadores Romeu Zema (12,01) e Ronaldo Caiado (11,78), o ex-ministro Ciro Gomes (10,10) e os governadores Ratinho Jr (8,84) e Eduardo Leite (7,75). O ex-presidente Jair Bolsonaro não foi incluído por estar inelegível e condenado pelo STF.

Segundo Marcelo Tokarski, CEO da Nexus, Lula se sobressai como líder da esquerda nas redes sociais, enquanto a direita ainda busca definir seu herdeiro político, fragmentando a presença digital de seus nomes.
O levantamento também detalha o desempenho individual em cada plataforma. Lula lidera no TikTok e Instagram, enquanto nas demais redes ocupa a segunda posição, mostrando atuação consistente. Concorrentes apresentam presença menos abrangente.
Tarcísio de Freitas, preferido pelo Centrão e setores da elite econômica, só aparece entre os três primeiros no TikTok, na vice-liderança, com 39,27 pontos, distante dos 98,78 de Lula. Eduardo e Michelle Bolsonaro têm resultados limitados devido à presença restrita em algumas redes.
Apesar da liderança geral, Lula e sua equipe reconhecem que a esquerda ainda perde espaço para a direita nas redes sociais, que mantém forte engajamento desde a eleição de 2018. A estratégia digital do PT ainda busca se consolidar.
Os dados da Nexus indicam que a esquerda possui estrutura mínima de mobilização online, mas enfrenta desafios para equilibrar a disputa com perfis bolsonaristas, que mantêm alcance e interações mais robustos.