Neymar vai à Copa América sob pressão após indisciplina e contusões

Atualizado em 27 de maio de 2019 às 16:48

Do Uol Esporte

Neymar

Até o final de 2017, Neymar era indiscutível na seleção brasileira. Quarto maior artilheiro da história com a camisa amarela, liderou o Brasil na conquista do inédito ouro olímpico em 2016. De lá para cá, sofreu com lesões, um desgaste junto à opinião pública e um ato de indisciplina que o colocam sob pressão inédita na missão de liderar o time comandado por Tite na Copa América de 2019, disputada em casa.

Pelo PSG, os números das últimas temporadas são bons: 51 gols em 58 jogos. Duas fraturas no quinto metatarso do pé-direito em anos consecutivos, entretanto, tiraram o atacante dos momentos mais decisivos do time francês. Os resultados foram duas eliminações traumáticas nas edições de 2018 e 2019 da Liga dos Campeões, adiando o projeto de conquista da Europa traçado pela milionária equipe francesa, e que tinha em Neymar o principal pilar.

Por trás das lesões, está a narrativa de cai-cai que perseguiu Neymar nos últimos anos e se intensificou depois da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O Mundial trouxe uma explosão de memes e críticas da imprensa internacional sobre o comportamento do brasileiro ao receber choques dos adversários. Para tentar reverter o desgaste de imagem, o jogador respondeu aos ataques através de uma ação comercial da Gilette – o tiro saiu pela culatra.

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Foi, em parte, pensando em ajudar a resgatar imagem do seu principal jogador que Tite elegeu Neymar capitão da seleção após a Copa de 2018. A medida foi um voto de confiança para que o camisa 10 deixasse de lado as polêmicas, replicando fora de campo e nas atitudes a liderança técnica que exerce dentro das quatro linhas.

Neymar reagiu bem, e teve papel importante na integração de jogadores mais jovens como Richarlison, David Neres e Paquetá. Na reta final da temporada, entretanto, cometeu um ato de indisciplina ao agredir um torcedor com um soco após a queda do PSG diante do Rennes pela Copa da França.

O comandante brasileiro não quis falar sobre o caso antes de conversar pessoalmente com Neymar, e fez ginástica para se esquivar das perguntas durante a divulgação da lista para a Copa América. Seu camisa 10 estava entre os nomes, e o UOL Esporte apurou que a tendência é que seja mantido com a braçadeira de capitão.

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